Distribuída em três pavimentos e implantada em um terreno de meio, com densa vegetação no entorno, a Casa ADA propõe uma convivência entre arquitetura brutalista e paisagem tropical.

No volume superior, um corpo monolítico em madeira abriga a área íntima e se abre para uma grande varanda contínua voltada ao Lago Paranoá. Esse mirante linear emoldura a vista e garante proteção solar, ao mesmo tempo em que reforça o contraste entre opacidade e transparência — recurso central na composição da fachada. As lajes vazadas e o jogo entre luz e sombra acentuam o rigor construtivo e a leveza dos materiais.

Internamente, os ambientes amplos e de acabamento preciso servem de suporte para a importante coleção de arte dos moradores, com destaque para arte contemporânea. A neutralidade da paleta — concreto, madeira e pedra — valoriza as peças e cria uma espacialidade serena e atemporal, onde arquitetura, arte e natureza coexistem em equilíbrio.